JORGE RODRIGUES SIMAO

VIDEO

 Education For Whom and For What?

“The aim of public education is not to spread enlightenment at all; it is simply to reduce as many individuals as possible to the same safe level, to breed a standard citizenry, to put down dissent and originality”

Henry Louis Mencken

 O antigo pensamento antropoforme de que todo o universo tem por centro o homem, ou seja, de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico, parece estar a correr alegremente para o féretro das ilusões perdidas.

A vida humana quanto mais analisada e estudada é, pela biologia geral, parece dar a ideia de ser vazia e sem qualquer significado. Será que é esta a visão dos ditadores de esquerda, direita, centro e do mais que se inventar, que leva à carnificina dos seus apoiantes e oponentes, que em todos os momentos históricos se tem produzido e atinge de forma cruel e desmedida actualmente a Síria?

 O que no passado, deu a ideia de ser a principal preocupação dos deuses olímpicos gregos e romanos e do Deus trino cristão, mudou e a espécie humana parece ser apresentada sob o aspecto de um subproduto casual das amplas tramas, indestrutíveis e provavelmente sem sentido desses deuses renascidos e reinventados na mente de muitos.

Um forjador no fabrico de uma ferradura produz algo quase tão cintilante e estranho como é a chuva de faíscas. Os seus olhos e pensamento, não estão, todavia nas faíscas, mas sim na ferradura. As faíscas, na verdade, constituem uma espécie de doença da ferradura; a sua existência depende da dissipação dos seus tecidos.

Os cientistas quiçá no futuro, cheguem à conclusão de que o ser humano, igualmente, talvez possa ser uma qualquer enfermidade (bactéria ou vírus) localizada no cosmos, uma espécie de eczema ou uretrite pestilenta. Existem, é claro, diferentes graus de eczemas, assim como distintos tipos de homens, excluindo o tipo de criminoso nato defendido por Cesare Lombroso.

Um imaginado universo atingido por uma praga de Beethovens ou Mozarts nunca necessitaria de um médico. Parece que em muitos hospitais desse mundo o médico poderá ter um papel administrativo de não poder ou querer prolongar a vida sem dor, mas ser um cúmplice da pirâmide hierárquica administrativa kelseniana, cujo topo tem como decisão fundamental não usar hipoteticamente as mais avançadas técnicas médicas e regras prescritas pela Organização Mundial de Saúde a todos os seres humanos na faixa etária da inactividade e considerada como terceira idade.

As suas vidas são premiadas e esvaída lentamente na presença dos familiares, como algo natural e divino, considerada uma bênção do todo-poderoso à eternidade. Parece não existirem dúvidas de que um universo pejado de sociais-democratas, socialistas, “imfianos”, “troikanos” e quejandos deve sofrer como o diabo ao ver cruz, pelo que não causa espanto o facto de o Sol ser demasiado quente e a terra diabeticamente verde e azul. 

JRS. 22.05.2013